sábado, 13 de novembro de 2010

Ah... essas mulheres!

Em seu primeiro trabalho com o diretor Luis Fernando Carvalho, a atriz Paola Oliveira está radiante. Na microssérie Afinal, o Que Querem as Mulheres?, prevista para estrear em novembro, na Rede Globo, ela interpreta a artista plástica Lívia. O Buchicho conferiu de perto as gravações da série e conta tudo para você!


A atriz Paola Oliveira sempre encantou o público pela sua beleza exuberante e os bons papéis que tem protagonizado. Nas duas vezes em que desfilou como rainha de bateria da Grande Rio, irradiou simpatia e deixou muita gente babando pelo seu corpo escultural. No caso do renomado diretor Luís Fernando Carvalho, entretanto, foram os olhos de Paola que chamaram atenção. Foram eles que impulsionaram o também cineasta a convidá-la para ser protagonista da sua próxima minissérie Afinal, o Que Querem as Mulheres?, prevista para estrear em novembro, na Rede Globo. “Eu senti uma força nos olhos que eu quis mexer mais com isso. Não sei nem se o desempenho nos trabalhos anteriores foi excepcional ou não”, confessa Luís Fernando.

Às vésperas de entrar de férias, depois da temporada interpretando a malvada Verônica, de Cama de Gato, Paola adiou os seus dias de descanso e aceitou de pronto o convite de Luís Fernando. Durante uma conversa com o Buchicho, a atriz soube do critério de escolha do diretor e, ao invés do incômodo por não terem sido as suas atuações o imã para o interesse de Luís Fernando, ela festejou. “Não só como atriz, mas como pessoa, ser vista pelos olhos é a melhor coisa que a gente pode passar. Fico duplamente feliz”, disse.
Sucesso total nos últimos trabalhos, Paola vê em Afinal, o Que Querem as Mulheres? um desafio para a sua carreira por ser um projeto com um formato totalmente diferente dos que já participou. Mas não tem nada, não. Ela está pronta para o que der e vier: “Eu aprendi que as coisas na vida só valem a pena quando elas são de verdade. O máximo que a gente pode fazer é quando é 100%”, disse. A seguir, a conversa com a atriz, com direito a suspiros de saudade do Ceará e tudo. Confira!

O POVO - Para começar, queria que você falasse um pouquinho da sua personagem, a Lívia.

Paola Oliveira – Ahhh, antes de responder, eu posso falar uma coisa? Você começou a falar e esse seu sotaque me deu uma saudade do Ceará... Tenho um monte de parente daí...morro de saudade... Bem, a Lívia é uma pessoa que representa o amor. Ela é forte, apaixonada. O universo da Lívia é muito intenso. A partir do que ela vai fazendo e sentindo, vão saindo as obras, ela vai retratando o que está sentindo no momento, então, se ela está triste ou feliz, ela coloca isso no trabalho. Essa é a primeira vez que eu faço uma artista plástica e é outra forma de expressar o ator, o artista que há em mim.

OP - O que a Paola tem em comum com ela?

Paola - A minha visão é muito parecida com a dela: ela é muito apaixonada, intensa quando pinta, forte, se veste de um jeito muito próprio e tem uma personalidade muito característica dela. Eu me sinto forte de não me abater diante das coisas e ver a vida da melhor forma possível, como ela faz.

OP - Esse é o seu primeiro trabalho com o Luís Fernando Carvalho e em entrevista, ele nos disse que a escolheu “pelos olhos”, segundo palavras dele. Como você recebeu esse convite?

Paola – Esse é o melhor chamado que poderia existir para mim. É o melhor elogio. Não só como atriz, mas como pessoa, ser vista pelos olhos é a melhor coisa que a gente pode passar. Fico duplamente feliz. Foi muito feliz e muito gratificante trabalhar com um diretor renomado e uma personagem como ela. Tudo é especial por uma série de motivos: pela Lívia, pelo projeto...

OP - Esse é um projeto com uma linguagem bem diferente dos trabalhos que você já fez na tv. Você está sentindo essa diferença? Está sendo mais difícil ou mais fácil para você?

Paola - Eu sempre tento dar o melhor de mim, mas toda vida que a gente está envolvida de verdade, o trabalho acaba saindo com outros olhos. As pessoas em volta, ele (o diretor) e o jeito como está sendo conduzido o trabalho fazem ter um resultado diferente do que a gente está acostumado a ter. Como eu tenho tido êxito nos outros trabalhos, espero que este seja uma superação e que todos os outros que venham sejam tão bons quanto esse. Estou aprendendo muito com tudo isso e espero poder levar para os meus próximos trabalhos.

OP - Como foi a preparação para o papel? Você precisou fazer aulas de pintura para interpretar a Lívia?

Paola - Nós tivemos oficinas de máscara, de expressão corporal e muitas conversas para se limpar de coisas pré-estabelecidas e zerar tudo a partir dali. A parte da pintura ele (diretor) não exigiu porque não tinha uma cena específica de pintura, mas eu fui procurar saber como fazia. Procurei saber de um artista plástico como era esse momento de criação para eu poder conseguir entender esse universo e, no final, foi superválido. Eu pintei e até descobri que levo jeito para a pintura.

OP - O Luís Fernando tem uma característica de deixar o ator criar e improvisar nas cenas. Você entrou nesse clima de improvisos e também está colocando um pouquinho da imaginação da Paola para dar vida à Lívia?

Paola - A gente improvisa em cima do que a gente já escutou, não é um improviso livre, é entre o que o diretor propôs e o que a gente leva de coisa nova. Lá não tem a Paola, mas, com certeza, tem coisas da Lívia que eram do momento. São coisas que foram aparecendo conforme a Lívia foi aparecendo. É a nossa subjetividade supervisionada, você improvisa supervisionada.


A TRAMA

André newmann (michel mela-med) é psicanalista e está escre-vendo a sua tese de mestrado cujo título é Afinal, o Que Querem as mulheres?. ele é casado com lívia (Paola oliveira), uma belís-sima artista plástica. a dedicação de andré às pesquisas desgasta o casamento e lívia abandona o apaixonado marido. logo depois, ela conhece o homem ideal, in-terpretado por dan stulbach, com quem se relaciona. a pesquisa de andré se torna um best-seller e ele fica famoso da noite para o dia. na noite do lançamen-to do livro, andré conhece a russa tatiana dovichenko (bruna linzmeyer), com quem tem um romance, apesar da diferença de idade. o relacionamento não dá certo e depois de procurar em várias mulheres a Lívia que o deixara, ele acaba encontrando Sofia (Letícia Spiller), com quem tem uma filha.
 
Fonte: Jornal O Povo

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